Após oito anos de relacionamento comercial com a Remax, uma das maiores agências imobiliárias de Portugal, nunca imaginei que chegaria o dia em que teria que repensar completamente a minha confiança numa instituição que tanto admirava. Esta é uma história sobre como uma venda aparentemente simples se transformou numa série de eventos que testaram minha paciência e questionaram minha lealdade como cliente.
Tudo começou com a venda do meu apartamento em Alvalade. Como proprietário experiente e gestor de negócios, sempre valorizei a transparência e profissionalismo nas minhas transações. No entanto, esta experiência com a Remax Grupo Valor revelou-se diferente desde o primeiro momento.
O processo iniciou-se com uma situação peculiar: a primeira proposta veio de um potencial comprador que exigia a retirada imediata do imóvel do mercado, ainda antes de formalizar qualquer compromisso. Foi neste momento que começaram os primeiros sinais de alerta. O anúncio, que a meu pedido deveria ter sido atualizado com um novo preço, permaneceu inativo por mais tempo que o acordado, aparentemente para acomodar este potencial comprador - mesmo com a minha assertividade a dizer que o mesmo deveria ser atualizado.
A situação agravou-se quando este primeiro interessado começou a fazer exigências cada vez mais irrealistas:
Após três semanas desgastantes, tive que ser eu a tomar a decisão de encerrar as negociações.
Surgiu então uma segunda compradora, aparentemente mais razoável. No entanto, os problemas persistiram de outra forma. Como vendedor, vi-me sobrecarregado com tarefas que, na minha opinião, não deveriam ser da minha responsabilidade:
O momento decisivo ocorreu quando, após expressamente proibir visitas ao imóvel nos dias anteriores à escritura (o comprador queria começar a colocar os seus mobiliário dentro do apartamento, ainda antes da escritura), descobri que a compradora tinha conseguido acesso à propriedade sem minha autorização. Esta violação direta das minhas instruções como proprietário foi o ponto final na minha confiança.
Após expor detalhadamente toda a situação à direção da Remax Grupo Valor, a resposta foi ainda mais dececionante. Em vez de abordar as questões levantadas sobre a gestão inadequada do processo e a violação das minhas instruções explícitas, a agência optou por:
Esta abordagem apenas solidificou minha perceção de que a agência estava mais preocupada em garantir o pagamento da comissão do que em resolver as falhas graves no serviço prestado.
Esta experiência custou-me dezenas de milhares de euros em comissões, mas o custo real foi muito além do financeiro. O tempo desperdiçado, o stress acumulado e, principalmente, a quebra de confiança numa instituição que sempre defendi, foram os verdadeiros prejuízos.
Como gestor de empresas de grande dimensão, aprendi que a competência profissional não se mede apenas pela capacidade de fechar negócios, mas sim pela habilidade de defender os interesses do cliente mantendo a integridade do processo. Quando pagamos por um serviço profissional, especialmente de valor significativo, esperamos que nossos interesses sejam prioritários e que nossa voz seja respeitada.
Esta narrativa serve não apenas como um desabafo, mas como um alerta para outros proprietários: a importância de manter-se vigilante e assertivo em transações imobiliárias, independentemente da reputação da agência envolvida. Após oito anos como embaixador ativo da Remax em diversos grupos de proprietários, esta experiência mudou fundamentalmente minha perspetiva sobre a instituição.